Quatorze policiais foram punidos depois de uma abordagem trágica da PM em uma festa junina na comunidade de Santo Amaro, na zona sul do Rio de Janeiro. As imagens são assustadoras, com homens abrindo fogo no meio da festa. Dois comandantes foram exonerados e 12 agentes afastados das funções nas ruas, depois da repercussão do caso. Seis pessoas foram baleadas.
Se não bastasse o horror do momento, hoje (9), outro policial atirou quando moradores do local faziam um protesto.
A emoção de Mônica, mãe do office boy Herus Guimarães Mendes, de 24 anos, marcou o velório do filho no domingo (8). Segundo moradores, o Bope entrou atirando durante uma festa junina na comunidade de Santo Amaro na madrugada de sábado (7). Seis pessoas foram baleadas, Herus e outras cinco, que ficaram feridas.
Em nota, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que as apurações terão extremo rigor e agilidade e que as imagens das câmeras corporais dos policiais vão ser analisadas. Ele também lamentou a morte de Herus.
Depois do enterro do Herus, os moradores da comunidade fizeram um protesto na Rua Pedro Américo, que dá o ao Morro Santo Amaro. Durante a manifestação, um policial de folga avançou contra os manifestantes e disparou uma arma de fogo. O policial foi preso em flagrante.
Em nota, a polícia informou que não compactua com desvios de conduta, crimes ou abuso de autoridade praticados por seus servidores. Segundo o documento, a entrada na festa junina no Morro Santo Amaro foi uma ação emergencial contra criminosos armados que estariam reunidos no local, em preparativo contra uma disputa territorial de uma facção rival.
PM do Rio ite falhas em protocolos que deveriam ser seguidos em operações policiais 6r5y3f
Das cinco pessoas que ficaram feridas na festa junina da comunidade Santo Amaro, no bairro do Catete, zona sul do Rio, quatro já receberam alta e apenas uma continua internada, em estado estável, segundo o hospital para onde elas foram levadas.
Já o Ministério da Igualdade Racial enviou ofício ao governador Cláudio Castro solicitando informações sobre a operação do Bope. A pasta quer saber, por exemplo, qual a motivação da ação policial apresentada ao Ministério Público (MP). O ministério perguntou ainda se a comunicação ao MP mencionava que haveria no local uma festa junina e que medidas serão tomadas para reparar a família do jovem Herus.
A porta-voz da Polícia Militar do Rio, coronel Claudia Moraes, ela itiu que houve o na operação e equívocos operacionais, mas disse que ainda não é possível saber se a bala que matou o jovem Herus partiu da arma de um policial, pois isso, segundo ela depende, de perícia.
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