O bilionário Elon Musk anunciou que está trabalhando para fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). O órgão é responsável por 40% da ajuda humanitária no mundo.
Na rede social, Musk descreveu seus planos para cortes agressivos nos gastos e regulamentações dos Estados Unidos, incluindo a eliminação da Usaid. À frente do Departamento de Eficiência Governamental, o bilionário, que também é CEO da rede social X, da Tesla e da SpaceX, recebeu de Trump a tarefa de reduzir os postos de trabalho no governo e o que considera gastos desnecessários.
No fim de semana, o governo Trump removeu dois altos funcionários de segurança da Usaid, após tentarem impedir representantes do Departamento de Eficiência de arem áreas restritas do prédio do órgão, segundo a agência de notícias Reuters.
Após este episódio, Musk chamou a Usaid de "organização criminosa" e disse que era hora de acabar com ela. Em outra mensagem, foi além: sem apresentar provas, perguntou a seus mais de 200 milhões de seguidores: “Vocês sabiam que a Usaid, usando seus impostos, financiou pesquisas sobre armas biológicas, incluindo a covid-19, que matou milhões de pessoas?” Após a polêmica, o site e as contas da agência no X e no Instagram foram suspensos. E, nesta segunda-feira (3), a sede da agência amanheceu fechada.
A Usaid, uma agência independente criada por uma lei do Congresso, tem um orçamento de 42 bilhões de dólares destinados a ajuda humanitária e assistência ao desenvolvimento em todo o mundo. Em 2023, os Estados Unidos destinaram 72 bilhões de dólares em assistência, representando 42% de toda a ajuda humanitária monitorada pela ONU naquele período.
Na semana ada, Trump ordenou um congelamento global na maioria dos fundos de ajuda externa do país, causando impacto em diversas partes do mundo. Hospitais de campanha em campos de refugiados, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e medicamentos para milhões de pessoas com doenças como HIV estão entre os programas em risco de serem eliminados.
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